O volume começa por incluir textos de homenagem a três figuras maiores dos estudos das literaturas africanas — o angolano Mário Pinto de Andrade e os portugueses Manuel Ferreira e Alfredo Margarido —, para depois reunir textos relacionados fundamentalmente com temáticas obsidiantes das literaturas africanas, a retoma de alguns aspectos da Negritude, que se tornou fulcral nos anos 50, enquanto "racismo anti-racista" para a passagem ao nacionalismo. A Parte II do livro é dedicada a alguns escritores. O espectro das tendências estéticas, ideológicas e genéricas, além das nacionalidades, é suficiente para dar uma visão da multiplicidade de discursos africanos, patente em David Mestre, Craveirinha, João Melo, Pepetela, numa leitura que pode ser considerada heterodoxa.