Este livro reúne as crónicas do autor publicadas no jornal Público sobre diversos temas da nossa actualidade ou da nossa história, mas muito em particular sobre educação e cultura. No prefácio, José Manuel Fernandes, director desse jornal, escreve:
«Físico, [Carlos Fiolhais] tem os pés bem assentes na terra (o que nem sempre acontece aos físicos) e, sobretudo, é capaz de tornar simples o que está na fronteira da máxima complicação.
No entanto, quando o convidei para escrever regularmente no PÚBLICO, não lhe pedi o que talvez fosse mais fácil: fazer uma crónica divertida sobre a evolução da disciplina que domina. Pedi-lhe apenas para ser ele, iconoclasta e imprevisível e com liberdade para escrever sobre o que bem entendesse.
Foi exactamente o que ele fez. Com dois brindes: primeiro, fosse qual fosse o tema que escolhesse, via-o sempre de uma perspectiva que é rara num mundo onde todos tendem a falar do mesmo e da mesma forma; depois, ao lê-lo aprendíamos sempre qualquer coisa, e quase nunca sobre física. O Carlos Fiolhais revelou-se, como cronista, uma espécie de homem do Renascimento, senhor de uma cultura enciclopédica que lhe permitia sempre associar o que parecia uma notícia ou um evento banal a um conceito, um acontecimento histórico, uma descoberta, uma história ou um personagem que nos deixava sempre mais ricos.»