Ainda hoje, passados cem anos sobre a morte de Eça De Queirós, não é possível pensar portugal sem nos vir à mente o conselheiro Acácio, João da Ega ou o Padre Amaro.
Tal como o conhecemos, o Século XIX é o de Eça Queirós.
Assim era a força da sua prosa.
Mesmo quando distorce a realidade, o que nos recordamos não é aquilo que se passou mas o que ele nos contou.
Não é possível ouvir certas frases, ver certos ambientes, notar certos tiques, sem lhes atribuir o adjectivo de «queirosiano».
E, no entanto, Eça não era um historiador.
É, portanto, essencial colocar o romancista na época em que viveu.
Só desta forma poderemos compreender não só a sua vida e obra, mas a forma como esta nos influenciou.
É isso que, numa prosa directa e acessível, este livro pretende fazer.