O que é o Fascismo? Será assim tão diferente do Comunismo? Tratar-se-á de uma orientação política homogénea? Qual a sua origem geográfica, política e económica? Qual a sua relação com a Grande Depressão americana? Até que ponto a França e a Inglaterra, os grandes vencedores da I Guerra Mundial, podem ser responsabilizados pelo seu crescimento e expansão? Terá o Fascismo nascido da Guerra ou da Paz? O Holocausto foi uma particularidade do nazismo ou uma consequência lógica do naturismo e do eugenismo, intrínsecos às ideologias fascistas? Como entender a II Guerra Mundial: como um resultado ou como um meio para atingir um fim? Qual o papel da extrema-direita, em crescimento desde o início do século, no apoio aos líderes dos movimentos fascistas? Como é possível que países invadidos e oprimidos possam ter abertamente apoiado estes regimes, como no caso do governo colaboracionista de Vichy?
O que têm em comum Hitler, Mussolini, Salazar, Franco, Primo de Rivera, Antonescu, Pilsudski, Peron, Tojo, Mustafa Kemal, Chiang Kaï-Check...? Por que se tornaram as suas figuras tão emblemáticas? Como foram capazes de trazer para o seu campo pessoas de origens, estratos sociais e ideologias políticas tão díspares? Quais as suas semelhanças com Lenine e Estaline?
Terá o Fascismo morrido? Ou será ele uma reacção social inevitável e, se assim for, até que ponto as actuais condições económico-sociais se assemelham àquelas que fizeram surgir o Fascismo original?
Pascal Ory, eminente historiador, professor na Sorbonne, responde neste livro - aquele que «o autor gostaria de ter lido, quando se decidiu a pôr em ordem as suas ideias sobre o assunto» - a estas e muitas outras questões. Esta é uma obra de síntese, profunda reflexão em torno de um tema que fez correr muita tinta e muito sangue.