Nos anos da Primeira República, o operariado da Companhia União Fabril emerge enquanto novo grupo social no panorama industrial do Barreiro, protagonizando importantes movimentos reivindicativos. No confronto directo com o industrial Alfredo da Silva, afirma e constrói uma identidade própria, numa progressiva consciencialização enquanto classe. Para analisar as greves ocorridas na CUF durante a Primeira República é preciso ter em conta os interesses que opunham patronato e proletariado. Por isso, falar das greves da CUF significa falar da luta operária, mas também das estratégias adoptadas por Alfredo da Silva na sua relação com o operariado.