Nesta obra, Bernard Pivot fala apenas do que conhece, do que gosta, e do que o apaixona. Há nela autobiografia, leituras, recordações de fermentação, de adega, de mesas e de balcões de taberna, retratos de homens amantes do vinho, de vinhateiros, de adegas, de garrafas, de saca-rolhas, de taças, de provas, de aromas, de todo este conjunto de objectos, de sensações e de palavras que acompanha Casanova na sua eterna conquista de boas garrafas.Mas o essencial é isto: o vinho é cultura. Cultura da vinha mas também cultura do espírito. É esta dimensão cultural de um produto de consumo universal que este livro tem a ambição de evocar. Nada ultrapassa o pão e o vinho na memória mítica e alimentar do homem. Os dois estão unidos no trabalho e no repouso, no esforço e no prazer, e sobre a mesa da refeição originária do milagre cristão. O vinho é uma recompensa e um interdito.