Ao publicar Utopia em 1516, Thomas More inaugurou um novo género, recuperando um tema já tratado pelos Gregos. A utopia – lugar ideal ou não-lugar? Que discurso é o da utopia? Este dicionário pretende vir mostrar que a utopia não nasce só da crítica política. A busca e construção de lugares entre o real e o ideal também passam pela ficção, o teatro, a música, a dança, a pintura, a arquitectura e a técnica, e todas estas figuras da utopia pertencem à História.
A partir das sucessivas interpretações e apropriações da utopia, os autores do Dicionário das Utopias quiseram reencontrar, para lá da alegoria e da polissemia da palavra, o sentido de uma construção imaginária num tempo determinado. Da Cidade de Deus aos mundos virtuais, da Idade de Ouro ao Apocalipse, este dicionário revela facetas surpreendentes, e até paradoxais, da utopia.