A maior parte deste diário é formada por reflexões sobre temas de carácter filosófico, nomeadamente os problemas de Deus, do livre arbítrio, do mal, da mente e do sentido da vida.
O autor defende que as piores formas de mal têm a mesma origem — o acaso —, e que portanto não devemos procurar no conceito de livre arbítrio a explicação da parte do mal que é normalmente designada por mal moral. De resto, o conceito de livre arbítrio é demasiado vago, visto não ser possível provar que um acto foi praticado livremente ou não. De facto, se uma pessoa praticou um acto A, moralmente reprovável, como poderemos provar que ela poderia ter praticado um acto diferente de A? “Escolheu fazer o mal porque é livre” não parece ser uma justificação convincente dessa escolha. O ser livre agirá sempre da melhor maneira possível em quaisquer circunstâncias.