Educar, é «conduzir para fora de si», escreve Boris Cyrulnik, enquanto para Edgar Morin, a cultura está inteiramente na «capacidade de quebrar, de transgredir as fronteiras entre os diferentes domínios do saber». Da filosofia à ciência passando pela ética e pela política, o modo interdisciplinar da investigação, longe de conduzir para um saber desarmónico, é para o neurologista e para o sociólogo a única atitude intelectual que permite uma compreensão dos desafios do mundo contemporâneo.