"O Frango: Oh, meu Deus, minha galinha, estás tão triste; que tens? A Franga: Meu caro amigo, pergunta-me, antes, pelo que não tenho. Uma maldita criada tomoume entre os joelhos, mergulhou-me uma longa agulha no cu, agarrou a minha matriz, enrolou-a à volta da agulha, arrancou-a e deu-a de comer ao gato. E eis-me incapaz de receber os favores do cantor lírico do dia e de pôr ovos. O Frango: Ai!, minha querida, eu perdi mais do que tu; fizeram-me uma operação duplamente cruel: nem tu nem eu voltaremos a ter consolação neste mundo; fizeram-vos franga e a mim frango. A única ideia que serenou o meu estado deplorável foi a que ouvi, há alguns dias, junto à minha capoeira, debatida entre dois abades italianos a quem tinha sido perpetrado o mesmo ultraje para que pudessem cantar diante do papa com uma voz mais cristalina."