“Ela chorava como uma criancinha. Pedi para que a limpassem. Para acalmá-la, suguei os seios dela que estavam inchados. Aos poucos a mulher foi adormecendo comigo nos braços com um sorriso torto nos lábios dilatados de felicidade.
Acariciei os seus seios rosados, olhei para ela e disse para mim mesma:
“A Voz chamar-se-á Mamãe!”
Fui para o berçário quando ela adormeceu por completo.
Foi assim que eu pari a minha mãe.”
A obra “O DIA EM QUE PARI A MINHA MÃE” é um hino de amor à vida e mostra como as relações humanas podem estreitar-se ou alargar-se através de pequenos gestos cotidianos. Depois que se nasce a primeira vez é possível renascer outras vezes mais. Depois que damos o nosso primeiro passo é possível que possamos cair milhares de vezes e que não consigamos nos levantar nunca mais, se não fizermos da nossa maior fraqueza a nossa grande força.
Todos os amores do mundo podem não ser Amor. Mas um só com toda certeza é o mais verdadeiro do mundo: o amor que um filho e uma mãe sentem um pelo outro desde a barriga até além túmulo.