O grande terramoto de Lisboa, que aconteceu na manhã do Dia de Todos os Santos de 1755, não foi um mero abalo – foi um momento que desestabilizou os pilares de uma ordem social inveterada e enviou ondas de choque através do mundo ocidental.
Terra, água, vento e fogo – todos conspiraram para produzir uma catástrofe particularmente infernal. Aos fortes tremores de terra, seguiram-se três ondas gigantes que se abateram sobre a zona ribeirinha, e fortes ventos inflamaram durante cinco dias os fogos causados pelo tremor de terra.
Lisboa não foi só dizimada – foi aniquilada. O acontecimento levou ao equivalente do século XVIII de um frenesim mediático – e originou uma sucessão de desenvolvimentos fascinantes, como o primeiro esforço concertado de preparação para catástrofes, reformas sociais, planeamento urbano e o nascimento da sismologia.