Para muitas pessoas este não é um livro fácil. Não porque tenha um texto denso ou gráficos impenetráveis. Mas pela simples razão de que transporta uma mensagem realista. E, muitas vezes, o realismo não é especialmente agradável. Quando falamos de Portugal isso parece mesmo uma verdade absoluta. É este pequeno esforço que pedimos aos leitores. Não vejam este livro como uma crónica de um país acabado. Nem desdenhem os dados que aqui são sistematizados. Muito menos pensem que os autores desejam que tudo «vá ao fundo». Olhem antes para o que aqui é escrito como um ponto de partida para alguma coisa melhor. Porque quem não aceita a realidade raramente consegue encarar o futuro. Este livro pode ser um bom ponto de partida para se perceber que país somos, em que Estado estamos e para onde caminhamos. O optimismo não basta.