Um filho é para os seus pais uma esperança de felicidade. Em redor deste propósito gera-se, desde muito cedo na vida, uma ampla expetativa que alimenta de afeto os passos do quotidiano. O anseio de alegria pode ser cruelmente estilhaçado quando se perde o bem mais precioso ou a fantasia de afeto que sobre ele se tinha desenvolvido. Um tsunami destrói todo o caminho palmilhado e o trajeto almejado para o futuro. O caos instala-se nas emoções. É possível acender uma luz que alumie os pais enlutados no túnel denso da sua escuridão e sofrimento? Há um sentido para tamanha dor? É possível superar a perda de um filho? Através de uma escrita simples, sensível e rigorosa, o autor auxilia-nos numa viagem segura pelo mar encapelado do «defilhar», uma palavra nova que concede uma merecida identidade social aos pais vítimas da perda de uma fatia do seu amanhã.