Duas pessoas que nunca se conheceram, mas têm em comum ter sido profundamente amadas por uma mesma mulher, suicidam-se num curto espaço de tempo. Uma era a tia da autora, Odette, uma mulher frívola, que gostava de ser desejada pelos homens e que não se conforma com o que a passagem dos anos fez ao seu corpo. A sua morte é talvez uma forma de punir esse corpo que a traiu. A outra é o amante de muitos anos, Pierre, que, ao contrário de Odette, nunca foi capaz de se amar a si mesmo.
Pierre era louco por mulheres; Odette vivia para o fascínio que sentia pelos homens. Um e outro acompanham-nos numa viagem pela paisagem dos sentimentos e dos costumes do pós-guerra aos nossos dias.
Danièle Sallenave nasceu em Angers em 1940. Frequentou a École normale
supérieure e foi uma das fundadoras da revista Digraphe. Em 1980 ganhou o
prémio Renaudot pelo seu romance Les Portes de Gubbio. Além de romancista,
Danièle Salleneuve tem publicado na área do ensaio. É ainda uma aclamada
tradutora do italiano. De Amor, um romance que tem apaixonado o público e a crítica, fixou-se nas listas das obras de ficção mais apreciadas pelo público leitor.