Antes de se tornar um mito, D. Sebastião foi criança, adolescente e homem. Este livro conta-nos a vida íntima deste homem de ar melancólico e saúde precária, inserido no contexto histórico em que viveu. Educado por Jesuítas que lhe formaram a personalidade, foi rei aos três anos. O seu pai faleceu duas semanas antes do seu nascimento, e a mãe, D. Joana de Áustria, abandonou-o em tenra idade para regressar a Castela. D. Sebastião era um homem obstinado pela guerra e dominado pelo fervor religioso, acreditava que seria o capitão de Cristo numa nova cruzada contra os Mouros do Norte de África. Assim que obteve a maioridade, começou a preparar a expedição militar. Em 1578 partiu para África. Desapareceu, envolto em mistério, na trágica batalha de Alcácer Quibir, onde o exército português foi esmagado pelo sultão Ahmed Mohammed de Fez. Terá morrido no campo de batalha? Foi feito prisioneiro? A sua morte, sem deixar herdeiros, levou à anexação de Portugal por Filipe II de Espanha.