Pessoas de outros países, de outras gerações, classes sociais, profissões ou organizações pensam e agem frequentemente de modos que nos espantam. Para estas pessoas somos nós que nos comportamos de uma maneira estranha. O que nos separa delas é a cultura onde crescemos. «Cultura» neste sentido não é sinónimo de «civilização», envolve muito mais. Valores inconscientes, que por estarem profundamente enraizados, nos levam, frequentemente, a considerar normal o que outros acham anormal, cortês o que outros acham rude e racional o que outros acham irracional.
Geert Hofstede mostra que as culturas nacionais diferem de acordo com cinco dimensões:
— Grau de integração dos indivíduos nos grupos;
— Diferenças entre os papéis sociais masculino e feminino;
— Modos de encarar a desiguldade;
— Grau de tolerância perante o desconhecido;
— Orientação curto prazo versus longo prazo.
As culturas organizacionais, contudo, são um fenómeno diferente. Não seguem as mesmas dimensões, são mais geríveis e oferecem oportunidades para pôr em contacto culturas nacionais. Apoiado em vinte e cinco anos de investigação em empresas multinacionais, Geert Hofstede revela as circunstâncias em que as culturas organizacionais podem ser geridas com eficácia, e identifica as formas de apreender a comunicação intercultural, essenciais para o sucesso no próximo século.