Depois da magnífica incursão pela cultura americana em Made in America, os leitores portugueses podem agora desfrutar da descrição crítica que Bryson faz dos «comportamentos civilizados casuais» dos Ingleses, um povo que é capaz de esperar anos pela instalação de uma aparelhagem doméstica sem reclamar, mas que não hesita em qualificar de «escândalo» as atitudes da família real justamente agora que começam a ser interessantes.
Bryson estabelece um diálogo permanente com o leitor, interpelando-o como se ele fosse a entidade máxima a quem o autor explica a razão das suas queixas, dúvidas e simpatias para com este tão peculiar povo britânico.
Um povo em que as mulheres tratam o interlocutor, seja ele quem for, por «amor», os talhos se gabam de ter à porta uma placa dizendo «Carniceiros para a Família», e os motoristas de táxi, impecavelmente educados, não parecem conseguir andar mais de 50 metros sem virar numa transversal.