A crise financeira iniciada em 2007 é uma crise excepcional que suscitou medidas excepcionais para o nosso tempo, como a nacionalização de bancos. Depois de um período de liberalização da economia, guiada pela fé na capacidade auto-reguladora dos mercados, o Estado foi chamado a intervir em grande escala para salvar o sistema financeiro do colapso e para combater a mais grave recessão económica desde os anos trinta. No entanto, é preciso não esquecer que, nesta crise, as falhas do mercado foram também falhas do Estado, que em muitos casos optou por se manter alheado de muitos dos desenvolvimentos que estiveram na origem da crise financeira.
É uma discussão sucinta e rigorosa das circunstâncias que conduziram à crise que o leitor encontrará nesta obra. A discussão das causas desta crise é um desafio intelectual fascinante, que irá certamente marcar a agenda da investigação económica nos próximos anos, à semelhança do que aconteceu com a crise de 1929.