A obra de Costa Pinheiro desenvolveu-se, ao longo de quase cinco décadas, como uma das mais corajosas, coerentes e lúcidas da segunda metade do século artístico e cultural português, e justamente como uma das poucas que, nesse apertado contexto, teve o arrojo de, sem procurar distrair-se com modos e modas que a disfarçassem da sua origem temática tantas vezes portuguesa, entrar em diálogo com a restante arte sua contemporânea no plano europeu, tornando-se internacional pela escala do desafio formal e conceptual que soube integrar.