Em 1851, aos vinte e dois anos, Tolstói juntou-se ao exército russo e viajou pelo Cáucaso. Os quatro anos que se seguiram influenciaram profundamente a sua obra.
Começado em 1852 mas inacabado durante uma década, Cossacos descreve as experiências de Olénin, um jovem junker desencantado, que deixa os amigos e o conforto de Moscovo para se juntar ao exército no Cáucaso. Procura uma nova vida longe das dívidas do jogo e depressa se sente seduzido pela natureza e atraído por uma jovem cossaca, Mariana.
O Nobel Ivan Búnin considerou os Cossacos um dos mais belos romances da língua russa, e Hugo von Hoffmansthal afirmou que não se pode ler uma página de Cossacos sem recordar Homero.
«[Foi nos Cossacos que] Tolstói compreendeu e dominou uma situação que se converteu numa parábola repetida da sua filosofia.»
«Na realidade, Tolstói está mais perto de Homero em obras menos complexas, como Cossacos e Contos do Cáucaso, nas cenas da Guerra da Crimeia e na seca sobriedade da morte de A Morte de Ivan Iliitch.»
[George Steiner]