Sonhos, metáfora, conceitos e vicissitudes. Tudo se mistura nesta narração incompleta de uma complexa vivência social e cultural. A Guiné-Bissau vista através da lupa do sociólogo não pode ter contornos literários. Mas tem de certeza emoções e sofrimentos que devem ser contados com o estilo do lugar. Só assim se poderá ultrapassar a barreira, não do som mas do entendimento. Só assim se poderá oferecer uma pouca disfarçada comoção pela infelicidade que a história reservou a este pequeno triângulo tropical, no mapa controverso de um mundo em transformação. Carlos Lopes nasceu na Guiné-Bissau em 1960. É doutorado em Estudos Africanos pela Universidade de Paris I Pantheon-Sorbonne, mas tem igualmente graus académicos em Sociologia, História e Planificação Estratégica. Desde 1988 trabalha no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. É autor de numerosos livros e artigos em revistas especializadas. «Corte Geral» é a sua primeira obra de ficção.