«"Esta obra orienta-se, fundamentalmente, à volta de três linhas matriciais. Perscruta a locução testemunhal que descreve um perfil biográfico plasmado em confidências que, dando conta de um percurso de vida, delineia os meandros da criação; destrinça os bastidores da vida e da crítica literária do tempo da escrita claramente explicativos de muitas ocorrências; perspectiva a epistolografia enquanto arquivo de criação que anota o percurso da escrita desde a génese à recepção, conferindo-lhe, de acordo com a crítica genética, uma matriz oficinal. […] Há, nas 58 missivas escritas entre 1955 e 1968 que agora se publicam, um tom confessional – como convém ao hibridismo do género – que permite deslindar aspectos dos perfis biográficos e tensões existentes. […] Agustina surpreende com a faceta de desenhista até agora desconhecida. A sua veia plástica é, por vezes, desconcertante e reveladora do seu lado pragmático. Os motivos dos desenhos são todos alusivos à quadra natalícia.", in Prefácio de Isabel Ponce de Leão»