Era uma vez uma mulher que viu um filho partir para a guerra… E quando o filho regressou, a mãe não era a mesma mulher e o próprio filho era outro, embora não o soubesse. Henrique fez a guerra. Ou foi a guerra que o fez a ele? Adélia levanta a dúvida. Certo é que décadas após terminarem as guerras coloniais, Henrique, como muitos dos outros 800 mil homens que combateram, ainda não assinou o cessar-fogo consigo próprio nem conseguiu apagar as tatuagens da memória. E é assim que para eles – e são milhares – a guerra ainda não acabou.