Vinte e três contos memoráveis que Isabel Allende escreveu, como sempre, com requintada precisão e um profundo conhecimento da alma humana.
Uma menina solitária apaixona-se pelo amante da sua mãe e nas sestas tórridas da pensão onde vive, inventa misteriosas cerimónias que os conduzem à beira de um abismo profundo.
De uma casa abandonada salvam uma velha que lá permaneceu encerrada durante meio século, por um caudilho ciumento.
Quando aparece à luz, nua, arrastando o cabelo branco pelo chão e cega de tanto esforçar a vista na penumbra, tinha esquecido o seu próprio nome.
No fragor de um assalto, entre o incêndio e o ruído de pólvora, um homem viola uma rapariga e mata o seu pai.
Viverá perseguido pela recordação até regressar ao lugar dos seus crimes, onde a mulher o aguarda para se vingar. Estes são alguns dos fascinantes personagens destas histórias, contadas por Eva Luna.
Junto a eles voltamos a encontrar Rolf Carlé, o fotógrafo marcado pelos horrores da guerra, Riad Halabí, o árabe de coração compassivo, a professora Inês, o Benfeitor e outros que os leitores de Eva Luna conhecem.
Um fino fio narrativo da unidade nestas histórias de amor e violência. O tom é sempre contido, quase secreto, em contraste com as ricas imagens, a paisagem exuberante e as extravagantes paixões que determinam o destino das personagens.