Não há alívio escapista na literatura de Rubem Fonseca, e A confraria dos Espadas não é exceção. O prazer e a morte são o tema dos oito contos reunidos aqui. Todos eles têm personagens que, de um modo ou de outro, vão atrás da sua "pequena morte", expressão de origem francesa que designa o orgasmo. E, mesmo quando ninguém morre, chegamos ao final com a impressão de ter assistido a uma variante qualquer do ato de morrer. Mestre absoluto no controle do ritmo narrativo, Rubem Fonseca gera expectativas e surpresas, pratica a arte de tensionar e distender a narrativa, de conduzi-la sem pressa ao clímax desejado. É uma literatura que não nos deixa descansar.