Thomas de Quincey escreveu este seu primeiro livro em 1821. Redigiu-o em poucas semanas e publicou-o em folhetim no “London Magazine”, anónimamente, em Setembro e Outubro do mesmo ano. Tinha 36 anos, decidira ser escritor. Precisava de dinheiro. Ganhou, alem de dinheiro, fama, e nunca mais deixou de escrever. Convencido de que o livro, por ter sido escrito a pressa, era imperfeito e fragmentário, resolveu em 1856, ao compilar as “Obras Completas”, introduzir no texto algumas melhorias. Mas e o próprio autor quem confessa o falhanço desse trabalho, dando razão aos leitores que preferem a primeira versão das “Confissões”. É que, na sua primeira versão, o livro é um exorcismo. A maturidade e o cansaço que produziram as emendas da segunda versão não poderiam melhorar (antes pelo contrario) um texto vigoroso e tenso como este, filho da Droga e do Inconsciente ... É essa primeira versão traduzida que publicamos.