Após três décadas de reformas e de gradual liberalização económica, a China tornou-se uma das grande potências mundiais e colhe agora os frutos do seu novo papel na cena política e económica internacional. Todavia, o país vê-se ainda assim confrontado com profundas dúvidas sobre os seus valores, com a tensão de um crescimento desmesurado que nem sempre consegue conciliar o antigo e o moderno, o que resulta num fosso entre gerações.
Embora o Partido Comunista mantenha os princípios de um Estado autoritário, o quadro populacional herdado do período maoísta tem-se vindo a desagregar, em função da descolectivização agrícola e do desenvolvimento de um gigantesco mercado de trabalho. Assim, a sociedade chinesa assiste agora a profundas transformações urbanas, à evolução de uma economia de mercado livre e ao crescimento da internet.