O autor atribui a uma perda de referências generalizada o surgimento de gerações de adolescentes difíceis, nem crianças nem adultos, criados como «pequenos príncipes» exigentes, que recebem - e reivindicam - uma maturidade que são incapazes de assumir, a não ser através da violência... e dá-nos as chaves para compreender este paradoxo: um sofrimento construído em cima de uma abundância que esconde, de facto, uma grande pobreza afectiva. Jacques-Antoine Malarewicz aborda questões de uma actualidade gritante: - As consequências psicológicas do culto descomedido da juventude que se apoderou da nossa sociedade - A confusão entre as gerações e o desaparecimento dos ritos de passagem - Fala-se muito da violência exercida pelos pais sobre os seus filhos, mas que dizer das crianças prepotentes que, com o seu comportamento, vitimizam os seus pais? - Qual a relação entre o surgimento de distúrbios específicos da adolescência - como determinadas formas de depressão, anorexia e bulimia - e esta mutação generalizada dos laços familiares?