Quem nunca teve vontade de devorar batatas fritas e chocolates? Comer sem fome pode ser um vício. E o vício tem cura.
Quantas vezes não chegamos a casa, corremos para a despensa e procuramos ali consolo? Sabemos que nos falta alguma coisa, mas não sabemos bem o quê. E de repente, quase sem dar por ela, estamos com um pacote de bolachas na mão (ou batatas fritas, ou gelado), hipnotizados pela televisão, a comer sem pensar...
É um mecanismo de compensação, que justifica as compulsões alimentares. Tem razões biológicas e fisiológicas, mas sobretudo emocionais. Veja-se o caso da Maria, uma rapariga de 18 anos, que era incapaz de controlar o que comia sempre que se envolvia em situações de conflito – só mais tarde, depois de perceber que na origem do seu descontrolo estavam as constantes discussões dos pais, é que recuperou o peso certo.
Tal como a Maria, há milhares de pessoas que comem sem fome. E em muitos desses casos, as razões são emocionais, como a falta de auto-estima ou o stresse, que motivam a procura incessante da dopamina (uma hormona geradora de prazer) que libertamos ao comer. Para a fome emocional há no entanto uma cura – e não é a dieta. Nesses casos há que ir mais fundo, às motivações últimas da compulsão. Este livro mostra como fazê-lo.