…Não sou má pessoa, sou médica… No entanto, sou boa pessoa, médica, e estou deitada numa cama de hotel com um homem que mal conheço chamado Stephen, e acabo de pedir o divórcio ao meu marido.
Palavras da narradora, Katie Carr, médica, casada, mãe de dois filhos, a viver no norte de Londres com o marido, David, cínico jornalista e escritor que, de repente, sofre uma transformação e decide tornar-se uma pessoa melhor.
Como disse o crítico Tom Robins, no Sunday Times, Nick Hornby mudou de sexo para escrever um romance através dos olhos de uma mulher e conseguiu, de facto, inventar uma convincente voz feminina, como o leitor poderá apreciar ao longo deste romance.
Ao longo de Como Ser Bom, Katie vai descrevendo as suas reacções ao processo de transformação do seu marido, que, para ser bom, convida os sem-abrigo para casa e oferece o seu computador a uma instituição de protecção de mulheres.
A nossa heroína chega a um ponto em que começa a ficar farta e é forçada a colocar-se algumas questões complicadas…
Este último romance de Nick Hornby oferece-nos uma descrição dolorosamente divertida do casamento moderno e do actual papel dos pais e levanta a mais difícil das questões: o que significa ser bom?