«Quem diria que o abaixo assinado, profissional do Palavrês, iria entender tão bem esta nova linguagem, o Coisandês. Logo nas primeira linhas deste livro de estórias da Vera, percebe-se que ela habita num mundo onde as coisas falam por si, as colheres correm discretas à frente das nossas bocas famintas de uma sopa, ou um lápis se esconde debaixo da mesa para que não se escreva aquilo que nos passa pela cabeça. A Vera mete a imaginação pelo buraco da agulha e costura enredos que nem num palheiro se encontrariam. (…) A Vera vê sonhos que mais ninguém vê porque sabe que há mais luz para além do Sol. (…) Surpreendo-me com este talento de dar vida a coisas que definimos como inanimadas (…) Com este Coisandês o tempo passa a correr.» Júlio Isidro, in prefácio