São fortíssimas as tensões entre um mundo que perdemos e um que se constrói rapidamente diante de nós.
Mas o ritmo de destruição do «antigo» é mais rápido do que o de construção do novo.
A ponto de se poder imaginar que talvez não exista «nova ordem» e que são reais as hipóteses de um «caos auto-regulado».
E não se pode deixar de prever também que «nova ordem» seja sobretudo o resultado de uma imposição, de uma relação de forças.
A globalização é um processo, um ambiente económico internacional.
Mas não é um programa político ou económico.
A globalização é compatível com vários programas políticos.
Mas também é verdade que a globalização se pode transformar numa ideologia impositiva de interesses de países ou de Estados.
Os quadros de referência essenciais da democracia e dos conceitos contemporâneos de cidadania são os nacionais.
Em que medida é que podem ser transpostos para a esfera internacional?
O direito e a justiça são as traves mestras da formação e da garantia da cidadania.
Ambos têm a sua génese no Estado.
Como podem ser transpostos para a esfera internacional?