Desconforto, cansaço, tédio e sensação de alienação são os sentimentos que as festas de casamento mais me transmitem. Desconforto, porque passar o dia inteiro vestida à dondoca e a fazer os preparativos de dondoca (cabeleireiro, experimentar roupa, et al., et al.) não são para mim; cansaço, porque os grandes aglomerados de gente, com muitas energias misturadas, põem-me doente; tédio, porque a conversa vã típica dos casamentos, aonde, ainda por cima, sempre se encontram aquelas tias--relíquias 70+, que nos sorriem muito e atiram descaradamente com a pergunta “Então, e tu, minha querida, quando te casas?”, e que têm o péssimo hábito de acharem que nós não estamos a falar a sério quando, de forma igualmente descarada, lhes atiramos com a resposta “Nunca”, estas conversas, entre outras igualmente fúteis, como dizia, põem-me com vontade de fugir a mil pés, qual centopeia na qual adorava transformar-me nessas alturas; sensação de alienação, porque nada daquilo tem seja o que for a ver comigo.