Simbolicamente, a “primavera árabe” começou na Tunísia com a fuga de Bem Ali, a 14 de janeiro de 2011, e terminou na Líbia com a morte de Kadhafi, a 20 de outubro de 2011. Este último acontecimento marca um ponto de viragem em relação à situação de outros países como, nomeadamente, a Síria. Os povos sabem, agora, que as ditaduras acabam sempre por cair… Hoje, os países árabes continuar a surpreender, a chocar e, por vezes, a inquietar. O resultado desconhecido revolucionário permanece intacto. Conseguirão eles criar novas sociedades abertas e tolerantes? A democracia triunfará sobre a tentação teocrática? E haverá mais paz e segurança no arco do Mediterrâneo? As questões não faltam, mas as respostas são difíceis de encontrar e ninguém se aventura numa perspetiva a longo prazo. É por esta razão que esta edição da obra tem unicamente por ambição acompanhar a história em gestação nestes países sob tensão, oferecendo uma visão geral do passado e as chaves para entrever o futuro.