Filho de um papa (Alexandre VI), cardeal aos 17 anos, duque do Valentinois em 1498 e da Romanha em 1501, César Bórgia foi para Maquiavel a encarnação do príncipe ideal do Renascimento.
Dos prazeres da carne – a que se entregou até no Vaticano – à caça, dos actos de governação esclarecidos às piores sevícias exercidas sobre as populações, a vida de César Bórgia foi, toda ela, repleta de excessos.
Com a morte do seu pai e protector, perseguido impiedosamente pelos seus inimigos e ostracizado pelos seus antigos aliados, teve de se refugiar em Espanha, onde viria a morrer após um cerco, aos 32 anos.
Ao acompanhar a vida deste príncipe renascentista, é a Roma licenciosa que o texto de Ivan Cloulas retrata, a dos cadáveres no Tibre, dos escândalos e dos envenenamentos, num período fascinante da história.