Catarina de Médicis foi descrita como a “Rainha Negra” e como o “verme do túmulo italiano”, mas a biógrafa Leonie Frieda vem mostrar que a realidade é bem diferente. Órfã na infância, aprisionada na adolescência, herdeira de um apelido poderoso e de uma vasta fortuna, Catarina de Médicis foi criada na corte de Florença e casou com Henrique, duque de Órleães, filho do rei da França. Com 14 anos, sofreu cruelmente pois Henrique amava apenas Diane de Poitiers. Em 1559, quando Henrique, na altura rei da França, morreu num torneio de justas, Catarina foi empurrada para o turbilhão do poder político francês. Com o país devastado por conflitos, a viúva e rainha-mãe tornou-se na personalidade mais importante da França dos 30 anos seguintes. Depois de tentar adoptar a tolerância religiosa, foi forçada a tomar medidas extremas enquanto lutava por manter o legado do seu marido e os direitos reais dos seus filhos. Isto levou ao massacre de São Bartolomeu onde centenas de protestantes franceses foram chacinados. Aliada de Isabel I da Inglaterra, Catarina mostrou ser uma fantástica estratega política e uma conspiradora impiedosa. Apesar de ter sido vista por muitos como uma intrusa sem poder, Catarina governou o país para os seus filhos corruptos, 3 dos quais que se tornaram reis da França. O seu amor obsessivo pelos filhos foi a sua fraqueza fatal e ameaçou tudo o que conseguiu conquistar.