Livraria do Bairro - CASINHA DOS PRAZERES, A - (Jean-francois De Bastide)
Dados do Livro
Casinha Dos Prazeres, A
  • Titulo:

    CASINHA DOS PRAZERES, A

  • Autor:

  • Editora:

    Abysmo

  • Coleção:

    Extra Abysmo

  • ISBN:

    978-989-98019-1-2

  • Tema:

    Artes / Arquitectura

  • Sinopse:

    «Jean-François de Bastide (Marselha, 1724 – Milão, 1798), o autor deste A Casinha dos Prazeres, que hoje se dá pela primeira vez em português, encontra-se entre os cultores da literatura libertina, embora quase todas as suas obras tenham passado praticamente despercebidas e não lhe tenham sequer granjeado um lugar no panteão dos autores libertinos do seu século: Duclos, Voisenon, Restif de la Bretonne, Chevrier, Dorat. Ora, este La petite maison não é bem um conto erótico, a não ser porque tem atado na ponta a fantasia da sedução. Na realidade, é muito mais uma narrativa de métodos e modelos arquitetónicos do que um repertório de estratagemas e lances amorosos. Ou é também isto, mas por causa daquilo. O texto resulta da colaboração de Bastide com o mestre e crítico de arquitetura Jacques-François Blondel, tendo sido publicado pela primeira vez em 1753 (a versão aqui trabalhada é a de 1763, que apareceu nos Contes de Bastide). Nele, a casinha dos prazeres do marquês de Trémicour ergue-se como personagem de uma intriga muito simples, que tem como base uma aposta: o marquês acha que a casinha chegará para seduzir a jovem Mélite; Mélite aposta que não. Mas a casinha é uma espécie de dueña ou alcoviteira ao serviço do sedutor. Adivinhe o leitor qual é o desenlace deste desafio… De facto, a casinha tão exaustivamente descrita por Bastide não podia deixar de ser um prodígio, embora, transcrita em palavras, nos aguce o apetite para uma qualquer reencenação das múltiplas maravilhas aí descritas (Peter Greenaway pelava-se por tê-la como cenário de um dos seus filmes). O livrinho foi escrito em pleno apogeu do rocaille tão ao gosto de Luís XV e da sua inseparável Madame de Pompadour. Ao leitor contemporâneo espantará o inquietante horror ao vazio desvelado pela narrativa. Mas o gosto da época era assim; Mélite extasia-se com as preciosidades (quantas mais melhor), às quais atribui o mais alto valor. Daí aos braços de Trémicour vão os braços de uma poltrona.»
    António Mega Ferreira (da Apresentação)

Sugestões