O romance de estreia, há muito aguardado pela crítica, da dramaturga e contista, Claudia Clemente.
Uma poderosa história de amor e suspense psicológico, passada na última metade do século XX, que mergulha na alma humana e na nossa história recente.
Um condomínio, no Porto, que deveria guardar nas suas raízes a memória de uma casa e os fantasmas dos habitantes e das grandes árvores que daí foram arrancados.
Uma mulher que se foi tornando um fantasma de si mesma desde que as últimas árvores desse jardim tombaram.
Duas irmãs gémeas que não sabem da existência uma da outra: uma parisiense, outra portuense.
Um português, dono de um cinema de bairro em Paris, amigo de Laura, que vê o seu cinema arder e vai parar ao hospital, gravemente queimado.
Um agente da PIDE que segue, nos anos 60, os movimentos dos habitantes e frequentadores da Casa Azul, produzindo relatórios sobre eles para as chefias.
Um dossier que escapa às chamas e uma herança de cartas nunca lidas.
A mãe da irmã que vive em Portugal, Rita, internada num lar, após uma tentativa de suicídio: uma tristeza profunda desde que teve de vender a casa de família, no Porto – a Casa Azul – e o seu magnífico jardim.
Uma história de amor e paixão que não pode morrer, porque nasceu em Paris, no único mês de Maio em que tudo foi possível.
Quatro personagens que precisam de encontrar-se para formarem um universo com sentido.
O QUE DIZ A CRÍTICA SOBRE AS OBRAS DA AUTORA
«Há três meses ninguém a conhecia. E de repente Claudia Clemente está na televisão, na rádio, nos jornais. Bastou um livro chamado O Caderno Negro. Conta histórias curtas, um género pouco frequentado em Portugal. Mas nada faríamos com essas histórias se ela não as soubesse contar.»
Alexandra Lucas Coelho, Vogue
«O Caderno Negro, livro-revelação de Claudia Clemente. Fixe-se o nome – porque temos escritora. [...] Aqui há, de facto, alguma coisa de novo para dar à ficção portuguesa contemporânea.»
Sara Belo Luís, Visão
«Claudia Clemente revela uma segurança narrativa verdadeiramente assinalável. [...] É evidente que, embora os contos sejam uma prova fundamental para um escritor, o romance espera a autora – e os leitores que neste livro a descobriram têm motivos para estar impacientes.»
Eduardo Prado Coelho, Público