As cartas de Henry Miller a Anaïs Nin reunidas neste volume abrangem um período de quinze anos, de 1931 a 1946, talvez os anos mais importantes na vida de Miller, os mais produtivos da sua carreira de escritor e os mais decisivos na sua vida pessoal.
Frequentemente escritas à pressa em bocados de papel, envelopes ou no verso de velhas ementas de restaurante, estas cartas para a sua grande amiga e confidente são, mais do que na sua correspondência com Durrell, um retrato íntimo e autobiográfico do seu período mais crítico.
Através das suas cartas perpassa uma galeria de «monstros sagrados», desde o próprio Durrell a outro Lawrence (D. H.), pintores, actores, artistas de todas as latitudes, relatos de viagens, a preocupação da crítica literária, os contactos com os editores, as traduções, etc. A excelente introdução de Günther Stuhlmann situa o leitor menos informado na importância da obra, aumentando-lhe o interesse pela leitura das cartas.