Sob uma cidade adormecida, e tendo a Segunda Guerra Mundial como pano de fundo, uma família escuta as novidades da frente de batalha. Com elas, agudizam-se as tensões e obrigam o ódio e o amor a coexistir debaixo do mesmo tecto. Com a morte do avô, Manuel parte à descoberta da cidade. Guiada por uma imensa delicadeza e sensibilidade narrativas, um mundo deslumbrante e ao mesmo tempo cruel e doloroso vai-se revelando a esta criança aflita. Retrato subtil de uma grande cidade com espírito de pequena aldeia, dos seus habitantes e das suas angústias e desencantos e de um quotidiano feito de pequenas intrigas e tragédias familiares.
Cão velho entre flores ressuscita uma época singular na História de Portugal, mas confirma, sobretudo, a maestria narrativa de um dos maiores escritores portugueses.