São Cadernos espelhados uns nos outros, de algum modo autónomos, embora estejam interligados. Vêm de vários tempos, circunstâncias e lugares (como já acontecia em CADERNOS I - Os guarda-chuvas cintilantes), podem encaixar-se como matrioscas ou fugir em todas as direcções como fagulhas. Formarão, eventualmente, no fim, uma constelação? Não tenho nenhuma certeza. Até porque nunca os poderei dar por terminados, serão sempre um contínuo interrompido, folhas de papel à solta, voando ao sabor do vento, que não me obedecem nem se deixam prender por mim. Pedaços de mundo em que tropeço como se tropeçasse em pedras, que não têm outro sentido para além de existirem, puro acontecer, em estado bruto.