Para muitas mulheres, o cabelo grisalho representa um grande constrangimento. Por isso, perdem imenso tempo e gastam fortunas no cabeleireiro para tentar disfarçar a sua existência. Para outras mulheres, os cabelos grisalhos são sinónimo de maturidade e orgulho. Porque será que a cor do cabelo é tão fundamental para a identidade de tantas mulheres? Quais serão as pressões pessoais e profissionais que as levam a gastar tanto tempo e dinheiro para manterem uma aparência mais jovem? O que aconteceu às mulheres que pertencem à geração de Woostock, do Maio de 68, das afirmações feministas de beleza natural, e que agora escondem os sinais físicos do envelhecimento com tintas e injecções de Botox? Anne Kreamer relata o seu processo pessoal de descoberta e auto- aceitação a partir do momento em que decidiu deixar de pintar o cabelo, depois de 25 anos de dedicação às pinturas. Conta também como os cabelos brancos a reposicionaram no mundo, proporcionando-lhe uma nova visão da beleza, do sexo, do trabalho, do seu papel de mãe, da sinceridade, entre muitas outras coisas que realmente fazem a diferença na vida. Questiona ainda os nossos padrões estéticos e discute o ideal da eterna juventude da sociedade moderna.