As Brumas de Avalon é um dos mais fantásticos épicos medievais alguma vez escrito, no qual Marion Zimmer Bradley recria as lendas arturianas, desta vez narrado através do olhar das mulheres que, por detrás do trono, governaram os próprios actos masculinos e foram as verdadeiras detentoras do poder.
Que será do Rei Veado, quando o jovem veado crescer?
São cada vez mais os seguidores de Cristo e, para Morgaine, parece cada vez mais difícil conseguir que os antigos rituais perdurem no espírito dos homens. São tempos de magia, feitiçaria, morte e traição.
A Deusa trabalha sozinha e silenciosa no coração da natureza, mas não pode consumar a sua magia sem a força daquele que corre como o veado e que, com o sol do Verão, fecunda a riqueza do seu útero. As folhas levantam-se e rodopiam e ei-lo que chega! Cai súbita a escuridão, mas é com o regresso da luz que espalha selvaticamente o seu sémen sobre a terra.
Entretanto, é urgente que Arthur seja punido pela sua traição a Avalon. Um traidor não pode usar a espada da Insígnia Sagrada como se fosse um símbolo de Jesus crucificado, nem trazer à cintura a bainha tecida com as malhas da imortalidade. E nem a morte pode ser obstáculo!
Mas eis que um grito dilacerante ecoa por toda a Avalon… Roubaram o cálice da Insígnia Sagrada!… E… traição das traições, alguém se prepara para profanar o cálice da Deusa-Mãe, enchendo-o com o vinho que dizem ser o sangue daquele para quem todos os outros deuses são demónios, em vez da água pura e cristalina da terra sagrada! É terrível o castigo reservado pela Deusa a tão grande traição, mas irá Ela permitir o consumar de tal blasfémia? Que irá acontecer a Arthur, Camelot, Gwenhwyfar, Lancelet e aos restantes companheiros da Távola Redonda? E conseguirá Morgaine que o culto da Deusa perdure numa sociedade em que os homens começam a ditar as suas leis? Conseguirá, ainda, embrenhar-se nas brumas, atravessá-las… e chegar a Avalon?