Esta obra pretende fazer um paralelismo entre a vida ocidental e a sua origem, a origem das origens, a vida de uma pequena tribo de África, nomeadamente em Quicombo, Novo Redondo, Angola, onde o dinheiro praticamente não existe nem sequer é necessário para a sua existência, ao invés do mundo ocidental que assenta o seu bem-estar e mesmo sobrevivência no vil metal.
Este romance baseia-se numa história verídica, na vida de um angolano, nascido em Quicombo em 1960 e que, por força das circunstâncias, a guerra, teve que vir para Portugal. Sendo o primeiro branco a nascer em Quicombo, teve o prazer de poder vivenciar de perto, toda uma forma de vida bem selvagem, onde a auto-suficiência é rainha, onde a liberdade de não ter horas para nada impera, onde a alta auto-estima faz parte da própria forma de viver e, claro está, sem se ser escravo do dinheiro. É uma existência que não se baseia no indivíduo, como por cá, mas no grupo, havendo quase uma necessidade de ajudar o outro, é o “todos por um” e “um por todos”. Ninguém ousa enganar o outro, porque aí, está a enganar-se a si próprio, o espírito de união é tão forte que o indivíduo é o próprio grupo.