Descobri um autor de contos que é o melhor em absoluto, inclusive melhor do que eu.» Flannery O’Connor
«[Bernard Malamud] escreveu quatro ou cinco dos melhores contos da literatura americana que eu alguma vez li (e alguma vez lerei).» Philip Roth
«Malamud ocupa um lugar de honra cimeiro entre os autores americanos contemporâneos.» The Washington Post Book World
O Barril Mágico, distinguido com o National Book Award, é o primeiro volume de contos de Bernard Malamud. As treze histórias que o compõem descrevem um ambiente pobre e urbano, um mundo feito de mediocridade e de sonhos nunca realizados, mas igualmente de momentos de ternura e profunda ironia. Nestas, podem encontrar-se algumas das personagens mais inesquecíveis da literatura; figuras que carregam consigo um destino atávico e arcaico e, ao mesmo tempo, são a expressão da experiência existencial do homem contemporâneo. É o caso de Sobel, o ajudante de sapateiro, na história de vago sabor bíblico que abre o volume («Os sete primeiros anos»), o qual serve resignada e devotamente o seu patrão - como Jacob a Labão -, a troco de pouco ou nenhum dinheiro, apenas pelo amor da filha deste; ou o indolente adolescente do conto «Leitura de Verão», por muitos apontado como uma das melhores histórias alguma vez escritas sobre este período da vida, em que o protagonista, por muito que tente, não consegue escapar à culpa que carrega na sua consciência; ou ainda o rico alfaiate de «o anjo Levine», cujas provações, rivalizando apenas com as de Job, são finalmente recompensadas.
Elogiados por Flannery O'Connor e Isaac Singer, venerados por Philip Roth e Paul Auster, os contos de Bernard Malamud constituem o melhor da literatura norte-americana. Até hoje inéditos entre nós, estão, finalmente, disponíveis.