Tal como hoje, há 200 anos Portugal estava à beira da falência. Nada mudou. O défice do Estado e a dívida externa são a história das finanças portuguesas. Em "Os Maias", Eça de Queiroz perguntava com certeira ironia: "O empréstimo faz-se ou não se faz?" Hoje a mesma pergunta repete-se como farsa. Agora pede-se ao FMI. Mas, durante o século XIX e XX, pedia-se ao banco britânico Barings. Sempre para saldar a dívida e pagar o défice. Esta é a história dessa longa relação, nascida e desenvolvida à sombra do descontrolo contínuo das finanças nacionais. Durante dois séculos o Barings salvou-nos várias vezes da bancarrota. Foi o verdadeiro banqueiro de Portugal.