Saul Bellow é considerado por muitos um dos grandes romancistas americanos, com uma carreira literária de mais de 5 décadas e um Nobel da Literatura em 1976. Este romance, com tradução de Rui Zink, tem como protagonista Harry Trellman, que procura um antigo amor de adolescência, Amy Wustrin, que acabaria por se casar com outro porque Harry nunca soubera dizer-lhe verdadeiramente quanto a amava. Acabarão por encontrar-se, fruto do acaso, já quase velhos. Bellow, que não anda lá muito contente com o mundo (no que não é único; vejam-se as últimas entrevistas de Saramago) utiliza Harry Trellman para opinar sobre os mais variados temas, sobretudo certas pessoas “produtos da nossa democracia de massas”, homens e mulheres “de ideias feitas, sem beleza, sem virtude, sem a mínima independência de espírito - privilegiados no que respeita a dinheiro e bens, beneficiados (...) graças às inovações tecnológicas que transformaram o mundo material”.