Um trabalho de campo levado a cabo entre 1995 e 1999, já depois da morte de Rosa Ramalho (1977), com vista à
elaboração de uma dissertação de doutoramento, resulta agora na publicação deste livro.
O estudo analisa em pormenor e profundidade uma tradição de arte popular em barro produzida essencialmente por mulheres de Galegos (Barcelos). A pesquisa inclui uma teorização da dicotomia alta cultura/cultura popular, que passa tanto pelos conceitos de moderno e pós-moderno, como pelos conceitos de arte e diferença sexual. O enquadramento teórico-metodológico socorre-se sobretudo das conclusões mais recentes do pensamento etnográfico, incluindo a abordagem biográfica, e da crítica feminista. No seu termo, com ele se propõe contribuir para a preservação e enriquecimento do património e memória culturais e educativas do nosso país.