«Se o World Trade Centre viesse a sofrer o destino do complexo Pruitt-Igoe, em Saint Louis, e fosse condenado à morte pela dinamite, muitos de nós estariam aqui para aplaudir.»
Ainda durante a construção das Torres Gémeas de Manhattan, inauguradas em 1973, o jornal «New York Times» publicava estas palavras de violenta crítica ao trabalho de Minoru Yamasaki e à sua geração de arquitectos e urbanistas.
«O Arquitecto» conta-nos a história de um homem e de duas das suas obras: uma minicidade ideal que acabou implodida. O World Trade Center foi o auge de uma carreira: os dois prédios mais altos do mundo na cidade capital do planeta. Minoru Yamasaki foi o autor de ambos.
Hoje é um desconhecido.
Os seus admiradores chamaram-lhe o arquitecto do futuro. Os seus detractores consideravam-no o derradeiro símbolo da megalomania. Nem uns nem outros seriam capazes de prever o futuro. Tão-pouco Minoru Yamasaki, um artista amaldiçoado pela história, mais célebre pelas obras que lhe destruíram do que pelas que construiu.
Peça de teatro em dois actos, «O Arquitecto» parte de personagens e acontecimentos reais, transformando-os numa obra de ficção original e inesperada sobre o fracasso, o sucesso e as consequências involuntárias da acção humana.
No final, inclui-se um breve ensaio sobre a vida e o trabalho de Minoru Yamasaki, bem como sobre os percursos, as circunstâncias e as coincidências que estiveram na origem da escrita desta peça original.
A obra foi publicada no Brasil pela Martins Editora.